Já pensaram se nada sentissemos?
Se na ponta dos dedos mil filamentos nervosos não existissem e levassem ao cérebro as sensações que nos passam rugosas, ásperas, macias, polposas?
E como saberíamos do quente e do frio? Do Verão e do Inverno?
Se estivéssemos apaixonados sería indiferente passar a mão no rosto de alguém ou até sentir o baquear mais agitado depois de um longo beijo cheio de paixão... simplesmente deixávamos as mãos à deriva dentro dos bolsos.
E nestes? Como saber que estavam furados e perdemos a chave de casa, agora sem regresso e entrada possíveis, o nosso aconchego, a chávena de café entre mãos a esquecer o dia mau ou a madrugada mal dormida...
Uma madrugada cheia de pesadelos. Cheia de sonhos em que as mãos não tinham tacto...
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