HISTÓRIAS DE PAPEL


Conta-me uma história, e ele fazía barcos de papel, os dedos aprumados nos vincos que delimitavam o casco, muito direitos, muito marcados não fossem naufragar e o herói inventado afundar-se no enredo prosseguido à velocidade da imaginação. Das mãos lá nascía um navio, vela hasteada, no relato desfraldada a desventuras e engenhos, imitava o navegar, ora acima ora abaixo, a pique dizía perigos e no final da aventura coroava a cabeça pequenina do ouvinte com o chapéu de comandante que até aí fora nau.

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