ESTÁTUA



Imóvel, deixava-se estar na posição dos que esperam sempre alguma coisa, algum gesto, alguma intenção. Mesmo que quisesse nada mais podía fazer, presa a um mármore intemporal que a mantinha bela mas solitariamente perdida na admiração dos que passavam.

Só quando alguém lhe tocava afagando-lhe os anos torneados no escopro e cinzel as mãos lhe aquecíam e pequenos corações palpitavam na ponta dos dedos frios. Pensava então que era humana...

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