CENAS


Que inveja tenho daqueles que falam baixo na orelha, dos que se perdem por aí no público mostrar da sua subida felicidade, beijam, beijam muito, beijam repenicado e longo e tocam-se na ponta dos dedos como se o gesto fosse maior que os braços e as pernas e todo a envolvente do cenário, falam no entrelaçar das mãos, apertam, enrolam punhos, encostam o nó ao coração, marcam-se na tatuagem dos dedos como se uma transferência invisivel os unisse no eterno toque do amor.

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