NAS TUAS MÃOS EU SOU




É aqui que me confio, que me deixo ir de olhos fechados sem temores, sem dúvidas, sem arrependimentos, sem a noção do justo ou incerto ou a amargura da vingança. É agora que me entrego e deixo ir, o rumo será o que surgir, improviso sentires sobre emoções, liberto fardas, a condição de mulher é género puro nas tuas mãos. É hoje que me faço deusa, que reino sobre esferas desconhecidas porque de mim eu própria me descubro através do toque do teu coração. É a sorte que lanço à minha deriva num cosmos sem cartilha dedilhado pelo saber de cor das teias invisiveis que nos enlaçam.

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