TEMPESTADES


Depois de ele a amar, costumava envolver-se entre lençóis a encostar os segredos do amor mais ao corpo, a sentir o algodão embebido daqueles cheiros húmidos e intensos que a fazíam vibrar e sentir-se única. Não dormía, deixava o olhar vaguear para dentro de si a reviver todos os carinhos que o toque surpresa lhe tinha despertado. Eram mundos novos, precisava de os navegar lenta, conhecer-lhe as margens, fazer-se às ondas como se fazía às engelhas dos lençóis a derramaram pelo chão tempestades de coisa nova por cada vez que ele a amava

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